Destino do Brasil é produzir vacinas para América Latina, diz Pazuello

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou hoje (11) que o Brasil tem um perfil de fabricante de vacinas contra covid-19, e não de comprador. Pazuello falou a senadores no plenário da Casa, após ser convidado por eles para explicar as políticas do Ministério da Saúde para a imunização da população brasileira.

Em sua fala inicial, o ministro disse que, após iniciar negociação com vários laboratórios pelo mundo, concluiu que o destino do Brasil é fabricar vacinas para o mercado interno e para a América Latina.

“Começamos a ter a seguinte certeza: para vacinar o nosso país precisaríamos fabricar vacinas. Esse é o destino do nosso país, somos fabricantes de vacinas. Vamos fabricar vacina para o Brasil e para a América Latina. Não podemos contar com laboratórios que apenas nos vendam as vacinas”, disse Pazuello.

Obstáculos contratuais

O ministro colocou como obstáculos contratuais com alguns laboratórios o tempo de recebimento e o lote disponível para compra. Ele citou exemplos de negociações com a Janssen, da Bélgica, e a Moderna, dos Estados Unidos. Sobre a primeira, ele destacou que a entrega seria de apenas 2 milhões de doses e no fim do primeiro semestre.

Sobre a Moderna, Pazuello criticou o preço. Segundo ele, custa 20 vezes mais do que a vacina da Oxford/AstraZeneca, produzida no Brasil em parceria com a Fiocruz. Além disso, destacou que a entrega seria feita apenas em outubro.

Pazuello também citou as negociações de compra da vacina russa Sputnik V, mas ressaltou que a quantidade também é insuficiente, 10 milhões de doses.

Falando um pouco sobre cada vacina, Pazuello fez críticas às “cláusulas leoninas” impostas pela norte-americana Pfizer. As cláusulas já haviam sido criticadas publicamente pelo ministério, ao afirmar que a vacina da Pfizer “causaria frustração nos brasileiros”.

“Mesmo que aceitássemos todas as condições impostas, a quantidade que nos ofereceram foi 500 mil doses em janeiro, 500 mil em fevereiro e 1 milhão em março. Falei que queríamos a Pfizer em grande quantidade e sem as cláusulas leoninas. Não precisamos nos submeter a isso”, disse o ministro.

A despeito das críticas às condições para a compra das vacinas, Pazuello afirmou que o ministério continua negociando com todos os laboratórios e não descarta a aquisição de nenhum imunizante.

Por outro lado, o ministro exaltou o trabalho da Fiocruz, em parceria com a AstraZeneca. “A encomenda tecnológica está feita, 100 milhões de doses de entrega no primeiro semestre. A partir de julho, a fabricação do IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo] na Fiocruz, podendo chegar a 20 milhões de doses por mês”.

Pazuello afirmou ainda que o Instituto Butantan, que produz a vacina Coronavac em parceria com o laboratório chinês Sinovac, está “trabalhando a pleno”, com capacidade de produzir de 8 milhões a 12 milhões de doses da vacina por mês.

ONU lembra luta de mulheres cientistas no combate à covid-19

A Organização das Nações Unidas (ONU) celebra hoje (11) o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência e lembra a luta de mulheres cientistas na linha de frente contra a covid-19. Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que promover igualdade de gênero no mundo científico e tecnológico é essencial para um futuro melhor.

Segundo Guterres, isso é visível no combate à pandemia de covid-19, já que as mulheres representam 70% de todos os profissionais de saúde e têm demonstrado papel fundamental nas pesquisas, desde o avanço do conhecimento sobre o vírus até o desenvolvimento de técnicas de teste e, finalmente, da vacina. Além disso, elas foram as mais afetadas pela pandemia na medida em que carregam o peso do fechamento das escolas e da adoção do teletrabalho.

Para Guterres, sem mais mulheres nas ciências, “o mundo continuará a ser projetado por e para homens, e o potencial de meninas e mulheres permanecerá inexplorado”. O secretário-geral da ONU apela à comunidade internacional para garantir que as meninas tenham acesso à educação que merecem e possam ter futuro em áreas como engenharia, programação de computadores, tecnologia em nuvem, robótica e ciências da saúde.

De acordo com o Relatório de Ciências, publicado nesta quinta-feira pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em todo o mundo, as mulheres representam apenas 28% dos graduados em engenharia e 40% dos graduados em ciência da computação e informática. A pesquisa aponta disparidades maiores em áreas altamente qualificadas, como inteligência artificial, onde apenas 22% dos profissionais são mulheres. 

Além disso, fundadoras de startups também lutam mais para ter acesso a financiamentos e, em grandes empresas de tecnologia, continuam sub-representadas em cargos técnicos e de liderança. Nas universidades, as pesquisadoras tendem a ter carreiras mais curtas e menos bem pagas. Embora representem 33,3% de todos os pesquisadores, apenas 12% dos membros das academias de ciências nacionais são mulheres.

A data foi instituída pela ONU em 2015 para aumentar a conscientização sobre o papel e as contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica e também para lembrar à comunidade internacional que ciência e igualdade de gênero devem avançar lado a lado.

Brasil

Segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, em 2019, no Brasil, 54% dos estudantes em cursos de pós-graduação eram do sexo feminino. Dados de 2020 mostram que as pesquisadoras representam 58% do total de bolsistas stricto sensu (em sentido restrito) da fundação. “Embora sejam maioria numérica, pesquisadoras ainda lutam por mais respeito e oportunidades em ambientes majoritariamente masculinos”, disse a entidade, em comunicado pela celebração da data.

Já o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, promove um evento online hoje em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.

*Com informações da ONU News

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Banco Central: aprovação de autonomia aumentará credibilidade

A aprovação do projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central (BC) aumentará a confiança de que a autoridade monetária cumprirá seus objetivos, diz, em nota, a instituição. Aprovada ontem (10) à noite pela Câmara dos Deputados, a proposta não teve alterações em relação ao texto votado pelo Senado em novembro e agora vai à sanção presidencial.

Segundo o BC, a experiência mostra que a autonomia política da autoridade monetária contribui para a estabilidade do sistema financeiro e para o cumprimento das metas de inflação. Para o órgão, a medida trará benefícios importantes ao país no médio e no longo prazos.

“A literatura econômica e a experiência internacional mostram que um maior grau de autonomia do banco central está associado a níveis mais baixos e menor volatilidade da inflação – sem prejudicar o crescimento econômico. As evidências também indicam que a maior autonomia do banco central contribui para a estabilidade do sistema financeiro”, destaca o comunicado.

Para o Banco Central, um marco legal que blinde o órgão de interferências políticas, principalmente em períodos de transição de governo, aumentará a imparcialidade da instituição ao perseguir os objetivos de maneira técnica. Na avaliação do BC, isso facilita o controle da inflação e a obtenção de juros mais baixos.

“A autonomia legal promoverá maior credibilidade ao BC e, assim, facilitará a obtenção de inflação baixa, menores juros estruturais, menores riscos e maior estabilidade monetária e financeira”, ressaltou o BC.

CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também comentou a aprovação da autonomia operacional do BC. Para a entidade, a medida alinha o Banco Central brasileiro à prática das principais economias do planeta.

“A nova legislação colocará o Brasil em linha com a experiência internacional. O BC autônomo também é importante para a adesão do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), grupo de países que segue padrões de governança considerados de excelência. Esse tipo de avanço institucional é também uma prova da robustez da democracia brasileira”, comentou, em comunicado, o presidente da CNI, Robson Andrade.

A CNI citou dados do Bank of England (Banco da Inglaterra), segundo os quais o Brasil era o único país a não adotar o modelo de autonomia operacional do Banco Central, entre 27 importantes economias do mundo que trabalham com metas de inflação.

PGFN reabre parcelamentos especiais relacionados à pandemia

Pessoas físicas e empresas que deixaram de pagar tributos federais por causa da pandemia de covid-19 poderão parcelar a dívida, a partir de 1º de março, com desconto na multa e nos juros. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicou portaria no Diário Oficial da União que recria as transações excepcionais.

A medida integra um novo pacote de ações para o enfrentamento da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus. A renegociação abrange débitos tributários vencidos entre março e dezembro do ano passado, inclusive as dívidas relativas ao Simples Nacional. As pessoas físicas poderão negociar débitos do Imposto de Renda relativos ao exercício de 2020.

Em troca de uma entrada de 4% do valor total do débito, que poderá ser parcelada em até 12 meses, o saldo restante poderá ser parcelado em até 72 meses para empresas e 133 meses para pessoas físicas, empresários individuais, micro e pequenas empresas, instituições de ensino, santas casas de Misericórdia, cooperativas e demais organizações da sociedade civil.

Para conseguir a negociação com a PGFN, o débito deve estar inscrito na Dívida Ativa da União até 31 de maio de 2021. Os benefícios e os procedimentos para adesão à nova modalidade são os mesmos da transação excepcional, que vigorou por oito meses em 2020 e permitiu o fechamento de 268 mil acordos, com a renegociação de R$ 81,9 bilhões.

Condições

As condições para a adesão estão mais brandas que a das modalidades especiais de parcelamento criadas no ano passado, que só abrangiam a renegociação de dívidas classificadas como C ou D, com difícil chance de recuperação. Agora, a PGFN avaliará a capacidade de pagamento do contribuinte, considerando os impactos econômicos e financeiros decorrentes da pandemia.

Para as pessoas jurídicas, a redução, em qualquer percentual da soma da receita bruta mensal de 2020 (com início em março e fim no mês imediatamente anterior ao mês de adesão) em relação à soma da receita bruta mensal do mesmo período de 2019, será levada em conta para a adesão. Para as pessoas físicas, o procedimento será semelhante, comparando o rendimento bruto mensal em 2020 e 2019.

As informações dos impactos financeiros sofridos pela pandemia serão comparadas com as demais informações econômico-fiscais disponíveis na base de dados da PGFN, para fins de avaliação da capacidade de pagamento.

Benefícios

Para as pessoas jurídicas, o parcelamento prevê desconto de até 100% sobre os valores de multas, juros e encargos, respeitado o limite de até 50% do valor total da dívida. Para as pessoas físicas e demais categorias, que poderão parcelar em até 133 meses, o desconto corresponderá a até 100% sobre os valores de multas, juros e encargos, respeitado o limite de até 70% do valor total da dívida.

Por restrições impostas pela Constituição, a renegociação de dívidas com a Previdência Social está limitada a 60 parcelas (cinco anos).

Como negociar

A adesão às transações excepcionais pode ser feita por meio do Portal Regularize. Basta o contribuinte escolher a opção Negociar Dívida e clicar em Acesso ao Sistema de Negociações.

O processo tem três etapas. Na primeira, o contribuinte preenche a Declaração de Receita ou de Rendimento, para que a PGFN verifique a capacidade de pagamento do contribuinte. Em seguida, o próprio site liberará a proposta de acordo. Por fim, caso o contribuinte esteja apto, poderá fazer a adesão.

Após a adesão, o contribuinte deverá pagar o documento de arrecadação da primeira prestação para que a renegociação especial seja efetivada. Caso não haja o pagamento da primeira prestação até a data de vencimento, o acordo é cancelado.

Bayern leva o tetra mundial e iguala recorde de seis taças em um ano

O Bayern de Munique é tetracampeão mundial de clubes. Nesta quinta-feira (11), os alemães derrotaram o Tigres (México) por 1 a 0 no estádio Cidade da Educação, em Doha (Catar). De quebra, repetiram o feito alcançado pelo Barcelona em 2009, quando os espanhóis conquistaram seis títulos em um ano. Um recorde. Além do Mundial de 2020, o time bávaro levantou, neste intervalo, as taças da Bundesliga (Campeonato Alemão), Copa da Alemanha, Supercopa Europeia, Supercopa da Alemanha e Liga dos Campeões.

É o oitavo ano consecutivo que o título mundial fica com um clube europeu. Do momento em que o torneio passou a ser organizado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) – em 2000 e a partir de 2005 – até agora, o troféu só não foi erguido por um clube do Velho Continente em 2000 (Corinthians), 2005 (São Paulo), 2006 (Internacional) e 2012 (Corinthians). A Europa tem 34 conquistas desde 1960, contra 26 da América do Sul.

Em relação ao time que venceu o Al Ahly (Egito) na semifinal por 2 a 0, o técnico Hansi-Dieter Flick teve que mexer em duas peças. O zagueiro Jerôme Boateng foi liberado para voltar à Alemanha devido à morte de Kasia Lenhardt, modelo e ex-namorada do jogador, na última terça-feira (9). Já o meia Thomas Müller teve ser cortado após testar positivo para o novo coronavírus (covid-19).

Os primeiros minutos de jogo foram de muito equilíbrio, com o Tigres marcando pressão no campo do Bayern. Antes do primeiro minuto, o meia Luis Quiñonez cruzou e André-Pierre Gignac cabeceou com perigo, mas a escorada do atacante foi desviada pela zaga alemã antes de ir em direção ao gol. Aos 15 minutos, o goleiro Manuel Neuer saiu nos pés de Quiñonez no instante em que o meia, lançado pelo atacante Carlos Gonzalez, finalizaria com liberdade na grande área.

A partir daí, o Bayern tomou o controle das ações ofensivas, ainda que com dificuldades para entrar na área mexicana. Aos 17 minutos, o volante Joshua Kimmich balançou as redes em chute de fora da área, mas o gol foi anulado com auxílio do árbitro de vídeo (VAR), por avaliar que o atacante Robert Lewandowski, que tirou o corpo no momento da batida, participou do lance e estava impedido. A melhor oportunidade foi aos 33 minutos, em conclusão do meia Leroy Sané, na área, que parou no travessão.

Bayern de Munique Munich venceu o Tigres, do México com um gol revisado pelo VAR.Bayern de Munique Munich venceu o Tigres, do México com um gol revisado pelo VAR.

Bayern de Munique venceu o Tigres, do México, com um gol revisado pelo VAR. – Reuters/Mohammed Dabbous/Direitos Reservados

Na etapa final, a resistência do Tigres ruiu aos 13 minutos. Após lançamento na área, Lewandowski e Nahuel Gusmán dividiram pelo alto e a bola sobrou para o lateral Benjamin Pavard completar para as redes. A arbitragem, inicialmente, viu impedimento do francês, mas validou o gol após revisão do VAR. Na busca pelo empate, os mexicanos reclamaram duas vezes de supostos pênaltis e deram espaços aos alemães, que empilharam oportunidades de ampliar, mas pararam em Gusmán. Fim de jogo. Lewandowski foi eleito o melhor jogador da competição e, mais uma vez, o mundo do futebol é alemão.

Brasil na decisão

Apesar da ausência do Palmeiras, o Brasil esteve presente dentro (e fora) de campo na final do Mundial. O meia Douglas Costa, que ficou no banco de reservas e entrou no segundo tempo, sagrou-se campeão pelo Bayern. No Tigres, o volante Rafael Carioca foi titular da equipe dirigida pelo carioca Ricardo “Tuca” Ferreti, que se naturalizou mexicano em 2006.

Edina Alves Batista e Neuza Back, por sua vez, trabalharam na decisão como quarta árbitra e assistente reserva, respectivamente. No último domingo (7), elas se tornaram as primeiras mulheres a comandar um jogo profissional masculino em um torneio da Fifa. Edina foi a árbitra principal e Neuza a primeira assistente na vitória do Al Duhail (Catar), por 3 a 1, sobre o Ulsan Hyundai (Coreia do Sul), valendo o quinto lugar do Mundial.

Carol Meligeni derrota favorita e está nas quartas na África do Sul

Na tarde desta quinta-feira (11), a tenista Carol Meligeni Alves, 374ª do mundo e terceira melhor do Brasil, derrotou a sétima favorita do torneio de Potchefstroom, na África do Sul, e assegurou vaga nas quartas de final. A brasileira passou pela russa Anastasia Gasanova, número 231º do mundo, por 3/6, 6/2 e 6/0, em duas horas e 22 minutos de partida. “Jogo muito duro. Ela teve vitórias expressivas esse ano, chegou até a ganhar de um top 10 do mundo. A arbitragem também não foi das melhores, não soube conduzir bem a partida. O jogo inteiro, tanto eu como ela, tivemos problemas. Foi então um jogo tenso, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo,” disse a jogadora à assessoria de imprensa. E acrescentou: “Mas fiquei feliz, porquê consegui lidar com tudo isso, apesar de ter me sentido frustrada em vários momentos. Mantive o foco no jogo e fiquei bem mentalmente, consegui a virada e me impus nos outros dois sets.”  

A rival das quartas de final será a britânica Jodie Anna Burrage, 259º, que passou pela russa Ekaterina Makarova, por 6/1 e 6/3. O jogo está marcado para sexta-feira (12). O horário ainda não foi divulgado pela organização do evento.

Nas duplas, o Brasil conseguiu mais um bom resultado nesta quinta-feira (11). Cabeças de chave 4, Carol e a gaúcha Gabriela Cé derrotaram Mirjam Bjorklund (SUE)/Jodie Anna Burrage (GBR), por 6/0 e 6/2, e vão encarar as russas Ksenia Laskutova e Anastasia Zakharova nas semifinais.

Boxe: Patrick Teixeira defende cinturão mundial pela 1ª vez no sábado

Na noite deste sábado (13), a partir das 22h (horário de Brasília), o pugilista brasileiro Patrick Teixeira fará a primeira defesa do título mundial dos médios-ligeiros da Organização Mundial de Boxe (WBO, sigla em inglês). A luta será no The Avalon, em Hollywood, Califórnia, contra o argentino Brian Castaño. A luta está prevista para 12 rounds.

Para manter o título conquistado em 2019, o lutador natural de Sombrio (SC) está em Oxnard, na Califórnia, desde o final de 2020 fazendo uma preparação especial para o combate. O treinamento incluiu preparação física com Cicílio Flores, que já trabalhou com estrelas do boxe mundial, como o filipino Manny Pacquiao e o ucraniano Vasyl Lomachenko. Patrick contou com sparings de nível internacional e participou também de um método ligado à fisiologia e à ciência do esporte.

O catarinense é dono do cinturão desde o dia 30 de novembro de 2019, quando bateu o dominicano Carlos Adames, por pontos, após 12 rounds. Patrick possui um cartel de 30 vitórias, sendo 22 por nocaute, e apenas uma derrota. O adversário está invicto como profissional, tem 16 vitórias (12 por nocaute) e um empate. O argentino Castaño foi campeão da Associação Internacional de Boxe (WBA, sigla em inglês) na categoria super meio-médio de forma interina em 2018 e oficialmente em 2019.

Com Avancini sendo decisivo, Brasil recebe Copa do Mundo de MTB

A União Ciclística Internacional (UCI) confirmou  que o Brasil receberá em 2022 uma etapa da Copa do Mundo de Ciclismo Mountain Bike (MTB). O evento ocorrerá entre os dias 8 e 10 de abril  em Petrópolis (RJ).  A organização será da CIMTB Michelin, em parceria com a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC). Além de todas entidades esportivas envolvidas, Henrique  Avancini foi fundamental para a concretização do sonho de trazer a elite do esporte para o Brasil.  Avancini, em 2020,  ganhou  pela primeira vez uma prova de Cross Country Olímpico na Copa do Mundo de Mountain Bike e é o líder do ranking mundial da UCI. Há pelo menos quatro anos, ele trabalhava  para concretizar esse sonho.  Além disso, o torneio será realizado na cidade natal do campeão e na própria pista na qual ele treina quando está no Brasil. 

“Trazer uma etapa da Copa do Mundo para o Brasil é uma conquista enorme. Existia um desejo de muitas pessoas envolvidas no esporte, organizadores, todo o mercado, e esse desejo começou vir também por parte da União Ciclística Internacional (UCI) e da Red Bull TV, que é quem transmite a Copa do Mundo. Isso pela demanda e aceitação que o Brasil tinha com a modalidade, então esse interesse do Brasil, essa afinidade que o País tem com o mountain bike foi um dos principais fatores para que esse projeto começasse a tomar vida”, explicou Avancini à equipe de assessoria de imprensa. “No segundo momento, já um pouco mais sério de reuniões e conversas de bastidores, a UCI, através do Simon Burney, que é o diretor geral do MTB dentro da entidade, sinalizou que eles queriam vir ao Brasil, fariam de tudo para que fosse viável, mas a decisão teria que ser na minha cidade natal, em Petrópolis, pelo momento que eu vivo como atleta, pelo impacto que isso traz no mountain bike brasileiro. E a partir disso, o Rogério, que é organizador da Copa Internacional de MTB, foi quem abraçou esse projeto e foi respaldado também pelo histórico que tem de organização de eventos UCI” disse  aos assessores.

Essa será a segunda vez que uma etapa da Copa do Mundo de MTB será realizada no país. A primeira foi no ano de 2005, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. “Acho que é um grande marco, pra mim como atleta por ter alcançado uma relevância de importância internacional a ponto de pesar muito uma decisão como essa, é uma conquista do Rogério como organizador e da bicicleta no Brasil. Quando falo bicicleta me refiro ao mercado, atletas, público, quem ama e quem faz a bike no Brasil contribuiu para que isso acontecesse, então por isso eu enxergo não como uma conquista pessoal, mas como um grande reconhecimento ao nosso momento da bicicleta no Brasil. É algo para comemorar e celebrar muito, pois de fato é um marco enorme por tudo que tem sido feito nos últimos anos”, finalizou o ciclista.

Além de comemorar a conquista obtida fora das pistas, a temporada de 2021 será intensa demais para Henrique Avancini. O carioca tem Olimpíadas em Tóquio, Campeonato Mundial, Cape Epic.

Produção de grãos deve chegar a 268,3 milhões de toneladas, diz Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o país produzirá 268,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021. O número representa um crescimento de 4,4% (ou 11,4 milhões de toneladas), se comparado ao da na safra anterior. É o que aponta o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2020/21, divulgado hoje (11), em Brasília.

A área total plantada está estimada em 67,7 milhões de hectares, o que representa crescimento de 2,7% na comparação com a safra 2019/2020. O levantamento foi feito na última semana de janeiro

Houve um ganho de 3,5 milhões de toneladas na comparação com a estimativa apresentada no levantamento anterior, em janeiro. Esse crescimento se deve a uma expansão de 4,4% na área de plantio do milho segunda safra.

Já para o milho primeira safra a produção esperada é de 23,6 milhões de toneladas, mas a área cultivada apresenta uma redução de 0,8%. “Somando-se a segunda e a terceira safras, a produção total poderá atingir 105,5 milhões de toneladas, 2,9% maior que a obtida em 2019/20”, informou a Conab.

Soja tem tendência de crescimento

A soja está mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. A Conab estima que a cultura dessa oleoginosa abrange 38,3 milhões de hectares, número 3,6% maior do que o registrado na safra anterior. A produção deve chegar a 133,8 milhões de toneladas.

“O feijão mostra um crescimento na primeira safra de 0,6% na área e produção estimada em um milhão de toneladas. Quando somadas as três safras, este número de produção passa para 3,2 milhões de toneladas. Enquanto isso, a safra de arroz deverá sofrer uma redução de 2,3% na área cultivada, totalizando 1,7 milhão de hectares e 10,9 milhões de toneladas na produção”, acrescentou a Conab.

O algodão, que teve uma concentração do plantio em janeiro, tem previsão de recuo tanto de área (13,1%) como de produção (16%). “Essa redução é muito em decorrência dos preços não favoráveis, afetados, também, pela pandemia”, disse o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Maurício Lopes.

A primeira safra de amendoim deve resultar em uma produção de 560,5 mil toneladas, em uma área 3% maior do que a da safra 2019/2020. Já o trigo, que tem o início de plantio a partir de março, tem perspectivas de crescer 2,1% na área semeada e uma produção de 6,4 milhões de toneladas.

*Matéria alterada às 11h04 para acréscimo de informações

 

Abate de suínos e frangos cresceu no quarto trimestre de 2020

Os primeiros resultados da produção animal no quarto trimestre de 2020 mostram que o abate de bovinos caiu 10,3%, o de suínos aumentou 1,6% e o de frangos teve alta de 5,5% em relação ao mesmo trimestre de 2019.

Os dados são da Estatística da Produção Pecuária: Primeiros Resultados, divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o abate de bovinos e suínos caiu 5,8% e 4,7%, respectivamente, e o de frangos cresceu 2,5%.

Abate de bovinos

No quarto trimestre de 2020, foram abatidas 7,25 milhões de cabeças de bovinos, 10,3% a menos em comparação ao mesmo período de 2019 e uma redução de 5,8% em relação ao terceiro trimestre de 2020.

A produção de 1,96 milhão de toneladas de carcaças bovinas mostra queda de 6,5% em relação ao quarto trimestre de 2019 e diminuição de 4,6% em relação ao terceiro trimestre de 2020.

Abate de suínos e de frangos

Já o abate de suínos somou 12,10 milhões de cabeças no quarto trimestre de 2020, representando um aumento de 1,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e queda de 4,7% em comparação ao terceiro trimestre de 2020. O peso acumulado das carcaças registrou 1,08 milhão de toneladas, aumento de 1,7% em relação ao quarto trimestre de 2019 e queda de 7,8% em comparação com o trimestre anterior.

Foram abatidas 1,55 bilhão de cabeças de frango, aumento de 5,5% em relação ao quarto trimestre de 2019 e acréscimo de 2,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2020. Já o peso acumulado das carcaças foi de 3,57 milhões de toneladas, aumento de 5,2% em relação ao quarto trimestre de 2019 e de 2,5% frente ao trimestre imediatamente anterior.

Aquisição de leite

A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) foi de 6,71 bilhões de litros. O resultado mostra um aumento de 0,6% em comparação ao registrado no quarto trimestre de 2019 e um incremento de 4,1% em comparação ao terceiro trimestre de 2020. 

Ovos de galinha

A produção de ovos de galinha foi de 977 milhões de dúzias no quarto trimestre de 2020, uma queda de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e uma retração de 3,4% em comparação ao terceiro trimestre de 2020.

Couro

Os curtumes declararam ter recebido 7,5 milhões de peças inteiras de couro cru no quarto trimestre de 2020, queda de 3,9% em comparação ao quarto trimestre de 2019 e diminuição de 8,5% em relação ao trimestre anterior. A Pesquisa Trimestral do Couro investiga os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.