Metade dos brasileiros sofre de ansiedade no ambiente de trabalho

Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) mostrou que 52% dos trabalhadores brasileiros sofrem de ansiedade enquanto estão no local de trabalho. Outros 47% disseram se sentir cansados com frequência, enquanto o desânimo e a frustração foram apontados como principal sentimento por 22% e 21% dos profissionais entrevistados. A observação da falta de empatia dentro das empresas foi observada como importante para 89% dos colaboradores.

Aplicada nas cinco regiões do Brasil em empresas nacionais e multinacionais de pequeno, médio e grande portes, de quase todos os setores da economia, a pesquisa inédita Comunicação Não Violenta nas Organizações retrata a forma como 327 profissionais percebem a prática dessa abordagem a partir de cada um dos tópicos elencados em quatro níveis diferentes: minha equipe, meus pares, liderança e empresa.

Os dados mostram que dos dez estados emocionais mais citados pelos funcionários entrevistados, cinco correspondem a sentimentos ligados a necessidades não atendidas, sendo que os dois mais identificados são ansiedade e cansaço, seguidos de apreensão, desânimo e frustração, explicado pela falta de empatia. Quando as necessidades são atendidas, os sentimentos que surgem são despreocupação, segurança, calma, realização e satisfação, ou seja, os menos mencionados na pesquisa.

De acordo com o levantamento, os colaboradores se sentem mais conectados aos colegas de trabalho, que estão mais próximos, do que à liderança da empresa. “Os melhores índices apareceram quando o que estava sendo analisado era a própria equipe do funcionário, ou seja, o seu núcleo mais próximo. Isso ia de alguma forma piorando quando ele falava de pares, liderança e ainda mais quando falava de empresa. Ou seja, percebia que ele e pessoas perto dele se atendiam nas escutas, resolviam conflitos e necessidades, mas a empresa como um todo não o fazia com tanta efetividade”, disse a especialista em Comunicação Não Violenta (CNV) e curadora da pesquisa, Pamela Seligmann.

De acordo com ela, para entender os resultados da pesquisa é preciso primeiro conhecer os conceitos da CNV, que se baseia na escuta e na empatia com os outros e consigo mesmo e na identificação de necessidades. “As necessidades estão por trás de tudo o que fazemos. Cada vez que temos um ato de violência estamos expressando uma necessidade que não está sendo atendida. De alguma forma, quando somos grosseiros, rudes, violentos, estamos pedindo ajuda”.

Para Pamela os resultados da pesquisa indicam que as empresas precisam trabalhar a percepção dos colaboradores de que está sendo uma ouvinte das necessidades dos seus funcionários. “Isso altera o sentimento de confiança, de participação, orgulho de participar, conhecimento, lugar para dar opiniões e ideias, envolvimento, motivação, tudo o que tem a ver com o clima da organização”, disse.

A pesquisa, conduzida pelo economista e doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) Leonardo Müller e pelo consultor de Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional, ambos colaboradores da Aberje, Carlos Ramello, visa a iniciar uma reflexão mais aprofundada sobre algumas dimensões corporativas, aspectos trabalhados nos projetos de Comunicação Não Violenta (CNV), metodologia que promove a comunicação eficaz e empática e estabelece pontes de diálogo em um mundo cada vez mais centralizado.

“A partir dessas oito dimensões, foram elaboradas as perguntas. A ideia era que as pessoas pudessem nos contar como elas percebem a organização onde trabalham quanto à qualidade de escuta, ao atendimento de suas demandas, se há uma comunicação baseada em fatos e dados ou em julgamentos e como lidam com conflitos”, explicou Pamela.

Ela destacou que e uma das coisas que talvez tenha sido negligenciada é a qualidade das relações que se quer estabelecer, e nem sempre o problema é de comunicação entre as pessoas dentro da empresa e sim de relação. “É o tipo de relacionamento que está sendo estipulado, no qual o que uma pessoa diz é interpretado, julgado, inferido e não escutado na íntegra. No qual não se percebe qual é a real necessidade. Ou onde não se pode expressar quais são as verdadeiras necessidades”.

Para Pamela, ainda há um espaço que não foi aberto para que as pessoas possam exercer seu estado adulto de consciência, com protagonismo, responsabilização, ação, que significa na CNV que a pessoa se torne responsável pelo que quer, pelo que escolhe e pelo que faz.

“As empresas também têm negligenciado a qualidade de vida, da saúde mental. Neste ano que passou, no qual o home office se estabeleceu e que, por um lado, trouxe muitas coisas boas, também as empresas invadiram o espaço doméstico e muita gente não está conseguindo cuidar de sua saúde emocional, ficando desconectada de suas necessidades e em um estado de violência”, afirmou. 

A curadora da pesquisa concluiu que as empresas podem olhar para a questão e fazer uma linguagem de CNV que não é passiva, e sim de responsabilização e olhar sobre as necessidades de todos os participantes dessa comunicação.

Cantor Zezinho Corrêa morre de covid-19

Morreu hoje (6) o cantor Zezinho Corrêa, do grupo Carrapicho, famoso pela música Tic Tic Tac, muito tocada nos anos 1990. Ele estava internado desde o dia 5 de janeiro em um hospital particular de Manaus, após testar positivo para a covid-19 e sentir febres e dores no corpo um dia antes.

O cantor chegou a ser intubado e também foi submetido a uma traqueostomia. No dia 7 de janeiro foi transferido para um leito de unidade de terapia intensiva (UTI).

O velório está sendo realizado nesta tarde na unidade Balneário do Sesc, com acesso restrito aos familiares.

Bruno Soares decide título de duplas antes do Australian Open

A dupla formada pelo mineiro Bruno Soares e o britânico Jamie Murray decide neste domingo (7), à 1h (horário de Brasília), o título do Ocean Road Open, um dos torneios da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) que são disputados simultaneamente em Melbourne (Austrália) como preparação para o Australian Open, que começa na próxima segunda-feira (8). Na primeira final desde a retomada da parceria após um ano separados, terão pela frente os colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah, atualmente líder e vice-líder, respectivamente, do ranking da ATP.

Neste sábado (6), Soares e Murray superaram uma rodada dupla, com jogos pelas quartas de final e semifinal. Primeiro venceram os cazaques Andrey Golubev e Alexander Bublik por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6 e 10/7. Depois bateram o croata Ivan Dodig e o eslovaco Filip Polasek por 2 a 0, anotando 6/2 e 7/6 (7/0). O brasileiro é o sétimo do ranking mundial de duplas. O britânico, parceiro de Soares, está na 23ª posição.

No mesmo torneio, mas na chave de simples, o cearense Thiago Monteiro parou na semifinal. O tenista número um do Brasil e 83º do mundo foi derrotado pelo italiano Stefano Travaglia (71º), por 2 sets a 0 (6/4 e 6/3). Foi a melhor campanha do brasileiro em um torneio de nível ATP 250 em quadra dura. O desempenho em Melbourne renderá 90 pontos a ele, que deve ganhar dez posições na próxima atualização do ranking mundial.

Murray River Open

Ainda em Melbourne, mas pelo Murray River Open, outro torneio que antecede o Australian Open, Marcelo Demoliner caiu na semifinal. A parceria entre o gaúcho, 44º do ranking da ATP, e o mexicano Santiago Gonzalez, 48º, levou a melhor no primeiro jogo de sábado, contra os britânicos Cameron Norrie e Jonny O’Mara, de virada, por 2 sets a 1 (4/6, 7/5 e 10/3), mas foi superada na sequência pelos franceses Jeremy Chardy e Fabrice Martin pelo mesmo placar, com parciais de 7/6 (7/4), 6/7 (2/7) e 8/10.

Já Marcelo Melo foi derrotado uma fase antes, nas quartas. O mineiro, número nove do mundo, e o romeno Horia Tecau, 22º, perderam da dupla formada pelo uruguaio Ariel Behar e o equatoriano Gonzalo Escobar, por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/4) e 6/3. Foi a primeira das duas competições que o brasileiro e o europeu atuarão juntos, a próxima é justamente o Australian Open. O parceiro oficial de Melo é o holandês Jean-Julien Rojer, que não viajou para os torneios porque será pai ainda este mês.

“Não acho que jogamos mal, jogamos normal. Foi bom ter feito dois jogos para melhorar meu entrosamento com o Horia. Nos momentos importantes, o entrosamento deles acabou prevalecendo um pouco. Mas acho que foi um bom jogo. Importante agora é saber que treinamos bem”, declarou o mineiro em nota à imprensa.

Abel Ferreira diz que Palmeiras tem que “competir para ganhar”

Na véspera da estreia do Palmeiras no Mundial de Clubes, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva no estádio Cidade da Educação, em Doha (Catar). O local será o palco da partida contra o Tigres (México), válida pelas semifinais da competição. A partida começa às 15h (horário de Brasília).

O assunto da entrevista não poderia ser outro, o sonho do Palmeiras de “conquistar” o mundo pela primeira vez na história. Questionado sobre desafio, o treinador português disse como deverá ser a postura da equipe brasileira: “É algo que ainda não foi feito no nosso clube, isso nos motiva e nos desafia por saber que ainda ninguém conseguiu. E tudo faremos [para conseguir]. Somos capazes de fazer mais e muito melhor do que cada um de nós pensa. É nisso que temos que acreditar, pois foi o que nos levou a vencer a Copa Libertadores e, consequentemente, nos trouxe até aqui. Temos que aproveitar o momento com intensidade, competir, mas competir para ganhar. Essa é a nossa filosofia. Mais do que nunca temos que fazer o que sabemos, que é jogar futebol de alto nível. Isso que vamos procurar fazer amanhã”.

O zagueiro Gustavo Gómez também esteve presente na entrevista coletiva ao lado de Abel. O paraguaio falou sobre o adversário do próximo domingo, e destacou o atacante francês Gignac, que marcou 20 gols em 25 partidas na temporada 2020/2021.

“Particularmente, conheço muito o futebol mexicano, por ter companheiros da seleção [paraguaia] que jogam lá. Sabemos que o Tigres é uma equipe grande, que tem boa estrutura, com jogadores importantes. Obviamente chama a atenção o atacante deles. Acredito que seja um rival muito difícil”, afirmou.

Sede da Copa de 2022

O técnico Abel também respondeu como foram as impressões sobre o Catar, país que receberá a Copa do Mundo de 2022: “A primeira impressão que tive, nos poucos dias em que estou aqui, é que é um país calmo, organizado, limpo e bonito. Por tudo que passa, com construções novas, tenho certeza absoluta de que estarão preparados para o Mundial”.

Açaí e Amazônia Azul inspiram nova camisa de aniversariante Remo

O Clube do Remo completou 116 anos na última sexta-feira (5) e comemorou a data lançando a camisa que utilizará em 2021, temporada que marca a volta do Leão Azul à Série B do Campeonato Brasileiro após 13 anos de ausência. A vestimenta faz referência ao acaí (fruta típica e popular na região amazônica) e também à Amazônia Azul, nome dado ao espaço marítimo sob jurisdição do país, com 3,5 milhões de quilômetros quadrados e abundante riqueza mineral e natural.

“Encarnados na trajetória das nossas raízes, a camisa tem no conceito a fé, o profano, a guerra, a luta, o índio, o caboclo, a mata, a floresta, mostrando o orgulho de ser filho da Amazônia, do Grão-Pará. Nesse mundo de diversidades e contrastes fazendo semelhança do próprio povo”, diz o texto divulgado pelo clube, apresentando a camisa na cor azul-marinho com uma folhagem do açaizeiro em relevo. O uniforme recebeu o nome “soberano”.

Segundo a nota do Remo, a alusão à Amazônia Azul é uma “homenagem à sua biodiversidade, recursos naturais, fonte de riquezas, pedras preciosas, petróleo e muitos ecossistemas”. O açaí é descrito como “fruto sagrado do povo do Norte, que alimenta e sustenta gerações”.

“Queremos mostrar nossas raízes, de um todo, como história, cultura, política, arte, economia, esportes, onde tudo nasce de um princípio, de uma raiz. Raízes são a fonte primária, a seiva bruta de um povo, de uma nação. Reconhecer de onde viemos para descobrir quem somos”, explicou o diretor de marketing do Remo, Renan Bezerra, no comunicado.

O Remo tem jogo pela Copa Verde neste domingo (7), às 16h (horário de Brasília), contra o Independente-PA, no estádio Navegantão, em Tucuruí. É o duelo de volta pelas quartas de final da competição. Na partida de ida, na última quarta-feira (3), no Mangueirão, em Belém, o Leão Azul bateu o Galo Elétrico por 2 a 0. A previsão é que a nova camisa estreie em uma eventual semifinal, que pode ser contra o rival Paysandu, caso o Papão supere o confronto com o Manaus.

Veja tabela da Copa Verde.

MONSENHOR GIL – PREFEITO JOÃO LUIZ PARTICIPA DA ABERTURA DO ANO LEGISLATIVO

Neste dia (06) de Fevereiro de 2021, a Câmara Municipal de Monsenhor fez a abertura do ano legislativo.   Todos os vereadores estiveram presentes: Vereadora Gislane Araújo, João Filho, Luiz Boró, Flávio Henrique, Mailson Santos, Cleidson Paiva, Éder Carvalho, Eliane Moura, e Norma Suely Abreu. Estiveram fazendo parte da mesa, o prefeito João Luiz Carvalho da Silva (PSD), vice prefeito Evandro Abreu (PSD), Zé Noronha (PT), e a deputada Elisângela Moura (PCdoB). Na sessão de abertura dos trabalhos neste dia (06), o destaque foram os pronunciamentos dos vereadores, que aproveitaram…

Primeiro lote do IFA para vacina da Fiocruz chega hoje ao Brasil

O primeiro lote do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção das vacinas Oxford/AstraZeneca na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem chegada prevista para as 17h50 deste sábado (5) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. O IFA possibilitará a produção de mais 2,8 milhões de doses da vacina contra a covid-19, que já começou a ser aplicada no país a partir de 2 milhões de doses prontas importadas da Índia no mês passado.

O insumo foi fabricado no laboratório Wuxi Biologics, na China, de onde partiu às 20h35 da última quinta-feira (horário de Brasília). O laboratório chinês foi vistoriado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim do ano passado e é parceiro da farmacêutica europeia AstraZeneca, que desenvolveu a vacina com a Universidade de Oxford, do Reino Unido. 

Depois do desembarque, o IFA será transportado para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), na zona norte do Rio de Janeiro. Lá, após checagens de controle de qualidade, o insumo deve ser liberado na próxima quarta-feira (10) para descongelamento, já que precisa ser transportado a -55 graus Celsius. O degelo precisa ser feito lentamente, e somente na sexta-feira (12), deve ter início a formulação do lote de pré-validação, necessário para garantir que o processo de produção da vacina está adequado. 

Na formulação, o IFA é diluído em outros componentes da vacina, que, entre outras funções, garantem que a armazenagem possa ser feita em refrigeradores comuns, com 2 a 8 graus Celsius. Após a formulação, uma série de outros procedimentos como o envase e a rotulagem preparam a vacina para distribuição. Tal processo conta com rigorosos testes de qualidade, e a previsão é que o primeiro lote de pré-validação da vacina seja liberado para aprovação da Anvisa no dia 18 deste mês.

A Fiocruz esperava inicialmente o envio de 14 remessas de IFA ao longo do primeiro semestre, cada uma com insumo suficiente para produzir 7,5 milhões de doses. As duas primeiras remessas deveriam ter chegado em janeiro, e o contrato prevê que a fundação receba o suficiente para produzir 100,4 milhões de doses até julho. Apesar dos atrasos na chegada do insumo, a Fiocruz afirma que é possível manter o compromisso de entregar a mesma quantidade de doses.

Em fevereiro, em vez de dois lotes, cada um para 7,5 milhões de doses de vacina, a Fiocruz receberá três lotes, que, somados, terão o IFA necessário para produzir as mesmas 15 milhões de doses previstas inicialmente. A chegada dos dois próximos lotes de IFA está programada para os dias 23 e 28 de fevereiro, e a Fiocruz prevê entregar o primeiro milhão de doses prontas entre 15 e 19 de março, e mais 14 milhões de doses até o fim do mês que vem.

No fim de março, a escala de produção da vacina em Bio-Manguinhos deve aumentar de 700 mil doses por dia para 1,3 milhão de doses por dia, o que permitirá entregas maiores: 27 milhões de doses em abril, 28 milhões em maio e 28 milhões em junho. As 2,4 milhões de doses que completam o compromisso de 100,4 milhões devem ser entregues em julho.

Os termos do acordo entre a Fiocruz, a AstraZeneca e a Universidade de Oxford preveem que, inicialmente, o Brasil vai produzir a vacina com IFA importado. Posteriormente, Bio-Manguinhos vai nacionalizar a produção do insumo, o que deve ocorrer no segundo semestre, a partir de um processo de transferência de tecnologia.

Após a nacionalização do IFA, a Fiocruz prevê produzir mais 110 milhões de doses até o fim deste ano, chegando a um total de mais de 210,4 milhões de doses, o que faz da vacina Oxford/AstraZeneca a que tem mais doses programadas para serem aplicadas na população brasileira até o momento.

Segura e eficaz

A aplicação dos primeiros 2 milhões de doses que chegaram da Índia recebeu autorização de uso emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e o pedido definitivo de registro da vacina no país está em avaliação, depois de ter sido concluído no mês passado. 

A vacina já foi autorizada pela autoridade sanitária do Reino Unido (MNRA) e também recebeu sinal verde da agência reguladora de medicamentos da União Europeia (EMA). Além do Brasil, outros países como Reino Unido e Índia já iniciaram a aplicação das doses.

A vacina de Oxford tem eficácia geral de 76% 22 dias após a aplicação da primeira dose, e de 82% após a segunda dose, que deve ser aplicada três meses após a primeira. Os dados foram publicados na revista científica The Lancet, uma das mais respeitadas do mundo.

Além de prevenir a doença em mais de 80% dos casos, a vacina apresentou 100% de eficácia contra casos graves e hospitalizações. Isso significa que, durante os estudos clínicos, ninguém que foi vacinado precisou ser internado.

Mirassol-SP e Floresta-CE decidem título da Série D do Brasileiro

A Série D do Campeonato Brasileiro terá um campeão inédito neste sábado (6). A partir das 16h (horário de Brasília), Mirassol-SP e Floresta-CE medem forças na decisão da competição nacional, com transmissão ao vivo da TV Brasil direto do estádio José Maria de Campos Maia, o Maião, em Mirassol (SP).

Os paulistas entram em campo com a vantagem do empate, pois venceram o jogo de ida há uma semana, no estádio Carlos de Alencar Pinto, o Vovozão, em Fortaleza, por 1 a 0, com gol do atacante Netto. Os cearenses têm de ganhar por ao menos dois gols de diferença para ficarem com o título no tempo normal. Em caso de vitória do Floresta por um gol de saldo durante os 90 minutos, a decisão será nos pênaltis.

As duas torcidas têm motivos para acreditar no título. Por um lado, o Mirassol tem aproveitamento quase perfeito jogando em casa: são dez vitórias e um empate em 11 partidas. No Maião, o Leão da Alta Araraquarense fez mais de 70% dos gols que assinalou na Série D. Os paulistas têm o ataque mais positivo do torneio (48 gols).

O Floresta, por sua vez, alcançou três das quatro classificações no mata-mata da Série D fazendo o jogo decisivo longe de Fortaleza. Foi assim na segunda fase contra o Itabaiana-SE, nas quartas de final diante do América-RN – no confronto em que garantiu o acesso à Série C – e na semifinal, em duelo contra o Novorizontino-SP.

Se levantar a taça, o Mirassol se torna o segundo time paulista a vencer a Série D, repetindo o Botafogo-SP, campeão em 2015 contra o River-PI. O feito igualaria São Paulo a Ceará e Minas Gerais, estados com mais títulos da divisão (dois cada). O Floresta pode isolar os cearenses na estatística com um terceiro troféu, igualando-se a Guarany de Sobral (2010) e ao Ferroviário (2018).

O Lobo da Vila Manoel Sátiro pode, ainda, entrar na seleta lista de times cearenses campeões brasileiros. Além dos títulos de Guarany e Ferroviário na Série D, o Fortaleza conquistou a Série B em 2018. Já o Leão tem a chance de ser o 18º clube paulista a erguer uma taça nacional, independente da divisão, juntando-se a São Paulo, Santos, Palmeiras, Corinthians, Guarani, Red Bull Bragantino, Portuguesa, Juventus, Inter de Limeira, União São João, Novorizontino (que faliu em 1999, não confundir com o atual), XV de Piracicaba, Paulista, Ituano, União Barbarense, Oeste e Botafogo-SP.

Os treinadores têm praticamente força máxima para a decisão. No Mirassol, a única ausência no time dirigido por Eduardo Baptista é o lateral-esquerdo Moraes, suspenso pelo terceiro amarelo, que deverá ser substituído por Luiz Henrique. No Floresta, o lateral-direito Lito, substituído no segundo tempo do primeiro jogo da final reclamando de dores, foi liberado pelo departamento médico, mas o técnico Leston Junior ainda não sabe poderá contar com o jogador (Ronaldo é a opção caso Lito ainda não esteja 100%).

A expectativa é que o Leão entre em campo com Jeferson; Vinícius, Danilo Boza, Heitor e Luiz Henrique; Daniel, Rafael Tavares e Cássio Gabriel; Netto, Fabrício Daniel e João Carlos. A provável escalação do Lobo terá Douglas Dias; Lito (Ronaldo), William Goiano, Alisson e Fábio Alves; Jô; Marconi e Thalison; Flávio Torres, Núbio Flavio e Deysinho.

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Agência Brasil explica o que é o IFA

O desembarque de um novo lote do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da CoronaVac na quarta-feira (3) e a chegada do primeiro lote do insumo para a vacina Oxford/AstraZeneca na tarde de hoje (6) vão impulsionar a produção de vacinas contra covid-19 no Brasil, que depende da importação desse componente, fabricado na China.

A partir dos novos lotes de IFA, o Instituto Butantan deve entregar ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) mais 8,6 milhões de doses da CoronaVac, enquanto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve produzir 2,8 milhões de doses da vacina de Oxford.

Enquanto a produção do IFA não é nacionalizada, as próximas doses continuam a depender da chegada de mais remessas do insumo, considerado elemento mais importante na produção de uma vacina.

Para explicar por que esse ingrediente é central, a Agência Brasil conversou com o assessor científico sênior de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Akira Homma, e com o gerente de Garantia da Qualidade do Instituto Butantan, Arthur Nunes.

O que é o IFA?

O ingrediente farmacêutico ativo (IFA) é fundamental na formulação de um fármaco porque está nele a substância capaz de produzir o efeito desejado. Nas vacinas, é o IFA que tem a informação que faz com que o organismo comece a preparar suas defesas contra um micro-organismo invasor.

No caso de imunizantes como a CoronaVac, chamados vacinas de vírus inativado, o IFA é o ingrediente que contém o corpo do micro-organismo “morto”, incapaz de se replicar e provocar uma infecção. Ao receber a vacina, o corpo da pessoa vacinada passa a conhecer a estrutura do coronavírus e produz defesas específicas contra suas formas de ataque.

Outras vacinas usam plataformas tecnológicas diferentes, como as vacinas genéticas da Pfizer/Biontech e da Moderna, que usam o RNA mensageiro do coronavírus para que o corpo humano conheça a proteína S, chamada de spike. Nesse caso, o IFA contém tal RNA, que é produzido sinteticamente.

Já vacinas como a Oxford/AstraZeneca e Sputnik V têm a tecnologia de vetor viral, em que um vírus inofensivo é modificado para transportar informações do coronavírus. A vacina de Oxford usa adenovírus de chimpanzé como vetor de informações da proteína spike, que é inserida dentro do antígeno. O IFA, então, é um concentrado viral que contém esses vírus modificados geneticamente.

No caso da CoronaVac, o IFA é produzido no laboratório chinês Sinovac, desenvolvedor da vacina e parceiro do Instituto Butantan. Apesar de a AstraZeneca e a Universidade de Oxford serem instituições europeias, o IFA da vacina de Oxford também é produzido na China, pelo laboratório Wuxi Biologics, contratado pela AstraZeneca.

Como é produzido o IFA?

Para produzir o IFA, é preciso que uma cepa selecionada do coronavírus (no caso da CoronaVac) ou do adenovírus de chimpanzé (no caso da vacina de Oxford) se multiplique em laboratório até que haja uma quantidade grande o suficiente para a produção de um lote de vacinas. Os vírus precisam de células vivas para infectar e se multiplicar, e esse processo ocorre em ambiente controlado, em biorreatores.

“Essa massa de vírus é purificada, e é feito um concentrado viral. É esse concentrado viral que nós chamamos de IFA”, descreve Akira Homma, de Bio-Manguinhos, que explica que a purificação é necessária para retirar todos os detritos de células que foram destruídas no processo de multiplicação dos vírus em laboratório.

Arthur Nunes, do Butantan, acrescenta que a produção do IFA da CoronaVac inclui o processo de inativação, em que substâncias destroem a capacidade do vírus de se replicar: “inativar, basicamente, é matar esse vírus, porém, sem perder a capacidade dele de promover a produção de anticorpos”.

Com o concentrado viral produzido, é preciso transportá-lo em condições adequadas para que não sofra nenhuma alteração antes de a formulação da vacina ser concluída. O IFA da vacina de Oxford precisa viajar refrigerado a -55 graus Celsius, enquanto o da CoronaVac pode ser transportado na temperatura de uma geladeira comum.

O IFA chegou, e agora?

Por serem importados, esses lotes precisam passar por trâmites burocráticos tanto no país que os exportou quanto no Brasil. O IFA da vacina de Oxford, por exemplo, estava pronto para embarque no mês passado, mas só recebeu a licença de exportação de autoridades da China nesta semana. Ao chegar ao Brasil, é preciso comprovar que as condições de armazenamento foram adequadas e que o produto está dentro dos parâmetros para que se inicie a formulação.

É nesse momento que Bio-Manguinhos e Butantan assumem a produção. Os processos de formulação e envase (separação em frascos) ocorrem no Brasil e também envolvem estruturas industriais complexas e de alta tecnologia, que precisam garantir precisão e evitar qualquer tipo de contaminação do IFA ao ser misturado a outros ingredientes e transferido para os vidros de onde as seringas retirarão as doses. “Há no mundo, hoje, uma grande dificuldade para os laboratórios formularem, envasarem e desenvolverem as etapas finais de produção”, diz Akira Homma, que explica que o próprio laboratório que produziu o IFA da vacina de Oxford não teria condições de concluir o processo e fabricar a vacina a partir dele.

Na formulação, o concentrado viral da vacina de Oxford é misturado a outras substâncias que têm funções como garantir sua estabilização em temperaturas compatíveis com a rede de frio dos postos de vacinação, de 2 a 8 graus. A maior parte dos outros componentes da vacina de Oxford também é importada, segundo Homma, devido aos elevados padrões de qualidade exigidos. Já o IFA da CoronaVac não tem a adição de outros insumos e passa por um processo de homogeneização para que seja preparado para a distribuição nos frascos.

Apesar da complexidade de todo esse processo, a maior parte do tempo que os laboratórios demoram para produzir as vacinas a partir do IFA é gasta com controle de qualidade. Nunes explica que, no Butantan, a formulação e o envase demoram apenas um dia, mas os testes necessários para garantir a segurança e a eficácia da vacina levam mais de duas semanas.

“Isso faz parte da cadeia de produção. Sem os testes, a gente não consegue fazer a liberação dessa vacina”, afirma ele, que destaca que o teste de esterilidade é o mais demorado, exigindo uma metodologia que demora mais de 14 dias para ser concluída. “Para qualquer medicamento injetável, uma das características que ele tem que ter é ser comprovadamente estéril, sem nenhuma carga microbiana”.

Em Bio-Manguinhos, a primeira remessa do IFA, que chega hoje, passará por checagens até a próxima quarta-feira (10), quando iniciará o lento processo de descongelamento do concentrado viral, que dura três dias. No dia 12, terá início a formulação do lote de pré-validação, usado para atestar a adequação dos processos de produção. Esse lote ficará pronto no dia 18.

Depois de concluir a etapa de pré-validação, Bio-Manguinhos vai produzir três lotes de validação, em atendimento às normas regulatórias vigentes. Esses lotes devem ser liberados para distribuição para a população no mês de março, após a análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) e do deferimento do registro da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

IFA nacional

Tanto Bio-Manguinhos quanto Butantan estão em preparação para produzir o IFA no Brasil, garantindo assim a autossuficiência na produção das vacinas. Na Fiocruz, o laboratório que será responsável pela produção já estava construído, precisou ser adaptado e receberá os últimos equipamentos em fevereiro, para que possa passar por uma avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março. 

Em seguida, a previsão é que as primeiras operações para a produção do IFA em Bio-Manguinhos comecem em abril. “Vamos começar em abril a fazer localmente, e, no segundo semestre deste ano, teremos a vacina nacionalizada, com a produção do IFA sendo feita aqui e toda a formulação também”, diz Akira Homma.

A expectativa da Fiocruz é de que a validação dos processos do IFA nacional esteja concluída em julho, para que então seja solicitada à Anvisa a inclusão do novo local de fabricação do insumo no registro da vacina.

No Butantan, a produção nacional está prevista para janeiro de 2022, com a primeira produção experimental em dezembro deste ano. O IFA será produzido em uma nova fábrica que começou a ser construída pelo governo do estado de São Paulo em novembro do ano passado e tem inauguração prevista para o fim de setembro deste ano.

 

Covid-19: mortes somam 230 mil e número de casos chega a 9,44 milhões

O número de pessoas que morreram de covid-19 subiu para 230.034. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.239 mil mortes.

Já o total de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 9.447.165. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 50.872 diagnósticos positivos de covid-19. 

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta sexta-feira (05). O balanço é produzido a partir das informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes.

Ainda há 890.333 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde. Outras 8.326.708 pessoas já se recuperaram da doença.

Estados

Na lista de estados com mais mortes, São Paulo ocupa a primeira posição (54.324), seguido por Rio de Janeiro (30.545), Minas Gerais (15.667), Rio Grande do Sul (10.929) e Ceará (10.585). As Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (884), Roraima (886), Amapá (1.074), Tocantins (1.407) e Rondônia (2.326).

Em número de casos, São Paulo também lidera (1.833 milhão), seguido por Minas Gerais (762.412 mil), Bahia (602.792 mil), Santa Catarina (590.449 mil) e Paraná (564.903 mil).

Boletim Epidemiológico 05-02-2021Boletim Epidemiológico 05-02-2021

Boletim Epidemiológico 05-02-2021 – 05/02/2021/Divulgação/Ministério da Saúde